Identidade e diferença

Síntese do texto 17 e 18: Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Tomaz Tadeu da Silva (org.), Stuart Hall, Kathryn Woodward.
Por Karen A. Solek Soares - inserção de imagens
2. A produção social da identidade e da diferença
O autor Tomaz Tadeu da Silva comenta que o multiculturalismo e a diferença tornaram-se temas centrais nas discussões educacionais críticas e nas pedagogias oficiais que, de certa forma, apresentam um discurso vazio em relação a uma teoria da identidade e da diferença.
Os discursos geralmente estão apoiasos na tolerância e no respeito para a diversidade. Mas, as questões da identidade e da diferença não se esgotam nesta postura liberal (criatalizada e essancialista em sua discussão) e nem é suficiente para ser base de uma pedagogia crítica e questionadora.
Antes dever-se-ia discutir e problematizar a produção da identidade e da diferença em suas implicações políticas e serem concebidas como processo.
Identidade e diferença: aquilo que é e aquilo que não é
Identidade é descrita como aquilo que se é. Mas esta referência a si mesma a torna autontida, auto-suficiente e se esgota em si mesma.
A diferença também é concebida como entidade independente. Em contraposição à identidade, a diferença é aquilo que o outro é, sendo diferente de mim. Como algo que remete a si próprio.
Neste caso, a diferença e a identidade assumem uma relação de dependência.
A afirmação da diferença só faz sentido se compreendidas em sua relação com as afirmações de identidade: “ela não é o que eu sou”. E, em geral, considera-se a diferença como derivado da identidade, que é o ponto pelo qual se define a diferença. 1o – a identidade é o parâmetro de avaliação para aquilo que somos;
2o – a diferença é o ato ou o processo pelo qual a identidade, tanto quanto o resultado da diferença são produzidos.
A identidade e a diferença são atos de criação linguística, ou seja, são produzidos e criados ativamente no mundo cultural e social,