Idade média

Na Idade Média, a maioria das idéias e de conceitos eram elaborados pelos Eclesiásticos. Tudo o que sabemos sobre as mulheres deste período saiu das mãos de homens da Igreja, pessoas que deveriam viver completamente longe delas. Muitos clérigos consideravam-nas misteriosas, não compreendiam, por exemplo, como elas geravam a vida e curavam doenças utilizando ervas.
A mulher para os clérigos era considerada um ser muito próximo da carne e dos sentidos e, por isso, uma pecadora em potencial. Afinal, todas elas descendiam de Eva, a culpada pela queda do gênero humano. No início da Idade Média, a principal preocupação com as mulheres era mantê-las virgens e afastar os clérigos desses seres demoníacos que personificaram a tentação. Dessa forma, a maior parte das autoridades eclesiásticas desse período via a mulher como portadora e disseminadora do mal.
A maioria das pessoas na Europa medieval viveu em pequenas comunidades rurais, fazendo seu sustento da terra. Mulheres camponesas tiveram muitas responsabilidades domésticas, incluindo cuidar dos filhos, preparar a comida, e cuidar do gado. Durante as épocas mais movimentadas do ano, como a colheita, muitas vezes as mulheres se juntavam a seus maridos no campo para trazer as culturas. As mulheres muitas vezes participavam de indústrias caseiras vitais, tais como cerveja, o fermento, e têxteis de fabricação. O símbolo mais comum da mulher camponesa foi a roca - uma ferramenta utilizada para a fiação de linho e lã. Eva é sempre mostrado com uma roca, ilustrando o seu dever de executar o trabalho manual, após a queda do Paraíso. Uma imagem muitas vezes vista em arte medieval é uma mulher acenando com a roca de uma raposa com um ganso em suas mandíbulas, às vezes, em imagens satíricas, as mulheres são mesmo mostrado atacando seus maridos com uma roca ou algum outro instrumento doméstico. As mulheres que viviam em cidades tinham responsabilidades semelhantes às do campo. Assim como as mulheres rurais ajudavam com o trabalho