iconografia niemuendaju e o índios do sul do Brasil

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iconografia

Nimuendajú e os índios do sul do
Brasil
Nimuendajú and the indians of the
Southern Brazil
Elena Welper*
Pablo Barbosa**

As imagens a seguir ilustram o material publicado nas demais seções deste número da Tellus. Elas foram garimpadas em arquivos públicos e particulares como fonte documental para os artigos que compõem esse dossiê, que marca os cem anos da publicação d’As Lendas da criação e destruição do mundo como fundamentos da religião dos Apapocúva-Guarani. São fotografias do período imediatamente anterior e da época em que
Nimuendajú desenvolveu seu trabalho com os índios do sul do Brasil.

* Pós-doutoranda em antropologia social pelo PPGAS
Museu Nacional/UFRJ. E-mail: elenawelper@yahoo.com.br Foto 1 - “O jovem Curt
Unkel (1902) orgulhoso líder de um “bando de índio” se exercita na arte de atirar numa floresta de Jena com uma Mauser
88”, autor desconhecido
(Original no Arquivo Público de Jena, Alemanha).
Tellus, ano 13, n. 24, p. 385-407, jan./jun. 2013
Campo Grande, MS

** Doutorando em antropologia social pela École de Hautes Etudes en Sciences Sociales (IRIS-EHESS) e pelo Museu Nacional (PPGAS/MN-UFRJ). E-mail: pablo.antunha.barbosa@ gmail.com

A foto ilustra o jovem Nimuendajú em Jena, sua cidade natal, em uma de suas atividades recreativas preferidas: excursões e acampamentos pelas florestas de Coppanz. Em 1934, mais de trinta anos depois de chegar ao Brasil,
Nimuendajú iria retornar pela primeira e única vez à Europa e relembraria desse tempo em carta para Carlos Estevão.
[...] De 17 a 22 de abril estive em Jena com a minha irmã, revivendo com ela os tempos da nossa infância e revendo as matas e montanhas onde eu brincava quando era menino. Percorri-as agora sozinho, saudando as árvores e pássaros e todos os animais da mata, meus antigos conhecidos. Entrei, como há 31 anos atrás, na taberna da pequena aldeia de
Coppanz, nas montanhas a oeste da cidade, reconheci ainda os bancos e as mesas

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