Humanização, Relacionamento Interspessoal e Ética

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1. INTRODUÇÃO
Tem-se falado em humanização no ambiente de trabalho. Mas o que é humanização e para que serve?
Humanizar significa respeitar o trabalhador enquanto pessoa, enquanto ser humano. Significa valorizá-lo em razão da dignidade que lhe é intrínseca.
Isso apresenta vários desdobramentos. Por exemplo, o relacionamento interpessoal – necessidade social, conforme MASLOW (2000), ou fator higiênico, segundo a teoria herzbergiana – deve se pautar pelo diálogo, sem o qual as relações entre os indivíduos resvala para conflitos vários. A dignidade jamais deve ser esquecida ou colocada em segundo plano. A prática da humanização deve ser observada ininterruptamente. O comportamento ético deve ser o princípio de vida da organização, uma vez que ser ético é preocupar-se com a felicidade pessoal e coletiva.

Numa sociedade em que, em geral, valores ético morais são vilipendiados, é urgente a necessidade de se humanizarem as organizações. Estas não devem perder de vista a razão maior graças à qual se dá a sua criação: a promoção humana em todos e quaisquer aspetos (não somente os econômico financeiros e tecnocientíficos), até mesmo, e principalmente, sob a ótica coletiva.

2. HUMANIZAÇÃO
O desenvolvimento científico-tecnológico tem levado muitas organizações a buscar de forma desenfreada o lucro económico-financeiro à custa da necessária valorização real do homem, notadamente dos indivíduos que nelas trabalham. Paradoxalmente, até mesmo organizações cujo lucro visado não é económico-financeiro resvalam para isso.

A cultura predominante nessas instituições caracteriza-se por considerar as pessoas meros recursos que devem contribuir para o alcance dos objetivos organizacionais. Relegam a abordagem sistêmica, que estuda o homem como uma totalidade e não apenas como profissional cuja vida deveria se restringir ao ambiente de trabalho. O relacionamento interpessoal saudável, por exemplo, às vezes não encontra guarida no âmbito

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