Homens e chefes retiram mais satisfação do trabalho

Uma excelente análise e exemplo de SATISFAÇÃO NO TRABALHO para a disciplina de Fundamentos de Comportamento Organizacional:

O trabalhador satisfeito é do sexo masculino, tem baixas habilitações literárias, tem pouco tempo de casa e tem um cargo de chefia. À primeira vista parecem ser estas as conclusões do estudo estratificado da satisfação do colaborador em Portugal, do Observatório Nacional de Recursos Humanos (ONRH). A verdade é que, sublinha João D'Orey, director do Observatório, "os dados não podem ser cruzados entre si dessa forma".
A realidade é que os homens estão mais satisfeitos que as mulheres, os que têm cargos de chefia mais satisfeitos que os seus subordinados e por aí fora nas diferentes subcategorias. Uma coisa é certa: os trabalhadores portugueses consideram que estão a ser mal pagos. Das 60 perguntas que integram o inquérito dos agregados estatísticos de 2005 do ONRH, as que apresentam sempre as respostas médias mais baixas são as referentes ao reconhecimento e recompensa.
Os índices das diferentes dimensões que integram o modelo estrutural de satisfação do colaborador são construídos numa escala de 0 a 100.
Os valores mais elevados referem-se ao envolvimento (72,4) e à qualidade (63,0). Reconhecimento e recompensa ficou-se pelos 43 e mudança e inovação chegou aos 50,7. Numa escala de 1 a 10, à pergunta se sentiam que eram bem pagos, o valor médio ficou-se precisamente pelo 4,1, enquanto que a questão "justiça do nível de remuneração face ao dos colegas na empresa em situação semelhante" subiu ligeiramente para 4,6. O nível de dedicação e empenho foi de 8,2, enquanto que a vontade de permanecer ligado à empresa recebeu um valor de 7,2. João D'Orey salienta que nenhum destes resultados surpreende. "É natural e compreensível que as pessoas há mais de 20 anos numa empresa estejam cansadas. Quanto às chefias, o nível de satisfação tem a ver com capacidade de decisão ligada a questões remuneratórias". A diferença entre homens e mulheres