Hobbes
Um homem só se impõe a outro homem pela força; a posse de algum objeto não pode ser dividida ou compartilhada. Num primeiro momento, quando se dá a disputa, a competição e a obtenção de algum bem, a força é usada para conquistar. Não sendo suficiente, já que nada lhe garante assegurar o bom usufruto do bem, o conquistador utiliza-se da força para manter este bem. O contrato deveria regular as relações humanas, dada a condição natural dos homens que é movida por paixões. Afirmava que os homens não tinha prazer algum da companhia uns dos outros, são maus por natureza. Todo homem é potencialmente uma ameaça a outro homem e esta é aceita passiva ou ativamente. Daí, nas palavras de Hobbes “se dois homens desejam a mesma coisa; eles se tornam inimigos”. Neste estado nenhum homem se vê inferior aos outros e, por isso, impõe-se violentamente sobre os outros como superior. Assim a guerra se generaliza entre os homens, portanto, fazer guerra é a atitude mais racional que se possa adotar. Todos estariam livres e iguais para buscarem o lucro, a segurança e a reputação. O que se visa no estado hobbesiano não são os bens, mas a honra. A igualdade seria um fator contribuinte para a guerra, levando-os a lutar pelo interesse individual em detrimento do interesse comum. Logo, a liberdade seria prejudicial à relação entre os indivíduos, pois na falta de um Estado que controle, todos podem tudo, contra todos.
Hobbes acredita que para haver paz entre os homens deve-se possuir um Estado que tenha pleno poder. Assim nasce uma sociedade. Porque, se há um governo é para que os homens possam conviver em paz. Assim o poder do Estado tem que ser absoluto, caso contrário haverá sempre uma condição de guerra entre dois poderes que se enfrentam.
No contrato