Hobbes – imaginação

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Para começar, o que Hobbes entende por imaginação não é a mesma coisa que nós imaginamos… A imaginação, no sentido comum que lhe atribuímos de costume, quando dizemos que “fulano tem muita imaginação” é algo como a atividade de elaborar imagens mentais criativas de tipo realista ou fantasiosas. Sequer pensamos de imediato no sentido mais básico, o primeiro do Dicionário Houaiss, de “faculdade que possuí o espírito de representar imagens”. De fato, para Hobbes – que talvez tenha ajudado Houaiss a produzir essa primeira definição – a imaginação é propriamente uma faculdade, um poder natural do homem. A natureza do homem, nos diz ele, é a soma de suas faculdades e poderes. As diversas faculdades podem ser dividas em dois grandes grupos: as faculdades do corpo (poder nutritivo, poder motor, gerador) e as faculdades da mente – ou espírito, em inglês: mind – (são duas: poder cognitivo, ou imaginativo, ou conceptivo; e poder motor). [ Thomas Hobbes, A Natureza humana, cap. I, ed.Imprensa nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 1983, p.48]

A imaginação é como uma “segunda” manifestação desse poder cognitivo, sendo as sensações, ou percepções sensíveis, sua etapa básica, primária, e sua, digamos, condição de possibilidade.

O primeiro princípio da filosofia de Hobbes sendo o movimento, ele é levado a interpretar qualquer fenômeno (no vocabulário de Hobbes: consequência dos acidentes que afetam os corpos, estes sendo de duas ordens: naturais ou políticos) como tendo origem no, ou pelo, movimento. Assim, a sensação se origina na (é causada pela) pressão que um corpo exerce sobre nossos orgãos externos. Já a imaginação é causada por movimentos observados nas partes internas do homem…

“(…) O mesmo acontece naquele movimento que se observa nas partes internas do homem, quando ele vê, sonha, etc., pois após a desaparição do objeto, ou quando os olhos estão fechados, conservamos ainda a imagem da coisa vista, embora mais obscura do que quando a vemos. E é a isto que os latinos

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