HISTÓRICO DA POLÍTICA INDUSTRIAL BRASILEIRA E A INDÚSTRIA DE SOFTWARE NESTE CONTEXTO.

Foi durante as décadas de 30 e 40 que se deram as primeiras iniciativas no sentido de planejar estratégias de desenvolvimento industrial, porém estas primeiras ações pouco surtiram efeito na prática, visto que os órgãos que foram criados nesta época para desempenharem tais funções tinham caráter muito mais de centro de pesquisa e fórum de debates do que de planejamento. Apesar disso, nesta época, ainda que de forma desarticulada, foram empreendidas algumas ações que visavam estimular setores industriais específicos, principalmente industrias de insumos básicos como a siderúrgica, papel e celulose, minério de ferro e álcalis.
Somente na década de 50, é que se começou a montar, ainda que de forma bastante incipiente, um arcabouço institucional voltado para o planejamento industrial. Durante o governo Vargas, a CDI chegou inclusive a elaborar, com base em relatórios da Comissão Mista Brasil- Estados Unidos (CMBEU) e do Grupo Misto CEPAL/BNDE, o que ficou conhecido como Programa Geral de Industrialização (PGI), porém a mesmo jamais chegou a ser institucionalizado. A PGI ainda deu origem à “primeira classificação de atividades industriais e de grupos preferenciais de produção no país”, que incluía além das indústrias de base, indústrias de química pesada, mecânica e elétrica pesadas, construção naval e construção de materiais de transportes. Porém nenhuma destes setores foi alvo de políticas setoriais formalizadas, com a criação de apenas duas subcomissões da CDI que visavam dar suporte ao desenvolvimento da indústria automobilística e de materiais elétricos.
Apesar de não ter sido colocado em prática, o PGI serviu de base para o que viria a ser a primeira experiência efetiva de planejamento industrial no Brasil, o Plano de Metas do governo Kubitschek. Tal plano daria continuidade ao processo de industrialização por substituição de importação e constituía-se em um conjunto de investimento públicos e privados, nacionais e estrangeiros, em setores considerados