História do tango

História do Tango
As formas originais do tango nasceram no fim do século XIX, na periferia de Buenos Aires, na Argentina, como resultado de uma mistura de diversos ritmos das populações que viviam ali na época. A princípio, o tango era puramente dançante, e as letras eram improvisadas pelo povo, com temas picantes e bem-humorados, e não obrigatoriamente ligadas às canções.
No começo, era dançado publicamente apenas por homens, pois na sociedade da época, danças que envolviam muita proximidade entre homens e mulheres eram consideradas estritamente obscenas. Os passos eram criados em casa, em momentos de lazer familiar, sempre entre homens. Algum tempo depois, no entanto, essa se tornou uma dança muito praticada em bordéis, com letras criadas especialmente para o ambiente dos prostíbulos; letras pesadas e obscenas.
A apresentação do tango ao mundo ocorreu por volta de 1910, quando a dança foi levada para Paris. Os parisienses, que viviam uma plena era de artes modernistas, ansiavam por algo novo e exótico, e o tango se espalhou como uma febre pela cidade. Os mais moralistas condenavam o tango, assim como condenaram a valsa, mas independente disso, pela rede extensa de influência cultural que Paris tinha, a dança se espalhou pelo mundo inteiro, finalmente ganhando o respeito das pessoas e da alta sociedade Argentina, que o repudiava desde a sua criação.
Em meados de 1917, começaram a surgir as variantes do tango, como o tango-canção, influenciado pelas melodias de Paris; esse era um tango mais melódico, que perdia a qualidade especialmente dançante para dar mais lugar às letras, surgindo assim os cantores de tango. Em 1920, nos cabarés de luxo, o tango deixou de ser executado por pequenos grupos que atuavam nos bordéis, sendo substituídos por profissionais, que trouxeram o uso do piano e mais qualidade para as canções.
Naquela década, surgiam os cantores de tango, como já foi dito, sendo citado como mais famoso o conhecido pelos adoradores do gênero Carlos