História do INES

História do INES/ Contexto Histórico O atual denominado Instituto Nacional de Educação de Surdos foi fundado na metade do século XIX pela iniciativa do surdo francês E. Huet. Ele demonstra sua intenção de fundar uma escola para surdos no Brasil através de um relatório que apresentou ao Imperador D. Pedro II, incluso neste, sua formação acadêmica e experiência anterior numa instituição para surdos na França. O governo imperial apoiou a ideia de Huet e designou o Marquês de Abrantes para acompanhar as etapas da criação da primeira escola para surdos no Brasil. Começa então a funcionar em 1º de Janeiro de 1856, mas futuramente esta data mudou para 26 de Setembro de 1857, através do artigo 7 do decreto nº 6892 de 16 de Março de 1908, que transferiu a data de fundação. A partir desta, o Império passou a subvencionar o Instituto. Visto como uma Instituição de referência não só para assuntos de educação, bem como de profissionalização e socialização (e também devido ao fato de será a única em território brasileiro até então), o INES recebeu alunos de todo Brasil e também de outros países vizinhos. A língua de sinais foi difundida especialmente em território brasileiro no ano de 1875, quando Flausino José da Gama, um ex-aluno do Instituto, desenha o livro “Iconographia dos Signaes dos Surdos-Mudos” e cópias foram distribuídas em diversos locais do Brasil com a intenção de divulgar o meio pelo qual os surdos se comunicavam. O Instituto oferecia além da instrução literária, o ensino profissionalizante. A conclusão dos estudos estava ligada à aprendizagem de um ofício. Os alunos frequentavam, de acordo com suas aptidões, oficinas de sapataria, alfaiataria, gráfica, marcenaria, artes plásticas e também oficinas de bordado. Em meados da década de 80, do século XX, começa a surgir um movimento transnacional, envolvendo profissionais ligados a área de surdez bem como os próprios surdos. Pesquisas na área da linguística que começam a dar importância à comunicação