História da pasicanálise

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A HISTÓRIA DA PSICANÁLISE NO BRASIL

INTRODUÇÃO

A Psicanálise tem no Brasil um percurso curioso: iniciou-se muito cedo, de forma simultânea ao desenvolvimento das descobertas de S. Freud, mas, ao longo de um século, vem sofrendo toda espécie de vicissitudes de um movimento científico e profissional, sem precedentes, sobretudo, no sentido de ter uma vocação revolucionária no campo científico e profissional e nem sempre estar conseguindo superar tanto as resistências externas (do contexto social, político, econômico) quanto as resistências internas (as dos seus agentes ou idéias conservadores).

Ao contrário de outras ciências e profissões, a Psicanálise tem peculiaridades que fazem com que sua história seja muito mais diversificada, rica e múltipla do que se convenciona fazer historicamente.

OS PRECURSORES

Tudo começou com os médicos psiquiatras que foram professores nas Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia. Cronologicamente, foram os primeiros que deram notícia da existência da obra científica de Sigmund Freud, ainda quando a prática clínica profissional da Psicanálise não havia sido bem estabelecida em Viena, no chamado período de isolamento esplêndido de S. Freud.

Como uma novidade científica foi encarada a obra de S. Freud por Juliano Moreira. Em 1899, como professor catedrático na Faculdade de Medicina de Salvador, cita em conferência artigos científicos de Freud. Entre 1900 e 1902, permaneceu fazendo tratamento de tuberculose na Europa e, nessa ocasião, viajou por vários países, tendo o objetivo de conhecer os tratamentos e instituições psiquiátricas. Em 1903, retornou ao Brasil e instalou-se no Rio de Janeiro, onde se tornou o diretor do Hospital Nacional dos Alienados. Nesta instituição, congregou um grande número de discípulos (Maurício Medeiros, Antonio Austregésilo, Porto-Carrero etc.). Entre eles, houve um intenso interesse científico pela Psicanálise.

Rapidamente, as obras de Freud foram transformadas em teorias

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