História da Língua Portuguesa

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Fontes do latim vulgar[1]
Maria Cristina Martins (UFRGS) Introdução
Latim vulgar é o termo tradicionalmente usado para se referir ao latim falado pelo povo, que mostra um conjunto de inovações gramaticais que não seguem as normas do latim literário (clássico). Diez, filólogo e comparatista, observando o conjunto das línguas românicas, percebeu que estas não poderiam derivar do latim clássico, ou latim literário, representado por escritores como Júlio César, Cícero e Horácio, mas das variedades populares. Dada a semelhança entre as línguas românicas, Diez partiu do princípio que nos primeiros séculos de nossa era deve ter sido falada uma língua relativamente uniforme, que se mostra como um “proto-romance”. Visando opor essa variedade ao latim clássico, Diez chamou-a de latim vulgar. Este latim pertencia a uma população que era muito pouco ou nada escolarizada e que, portanto, não poderia ter sido influenciada pelos modelos literários e pela escola.
O latim vulgar não sucede ao clássico; teve origem nos meios plebeus de Roma e cercanias, sendo essencialmente, como afirma Maurer Jr. (1959:5), “o latim falado pela plebe romana, embora muito de seus característicos se infiltrassem no seio da classe média e até das classes mais altas, sobretudo na época imperial.”[2] Uma vez que se trata de uma variedade de formas, que se ligam ao latim falado (mas não exclusivamente), não se pode considerar que existam realmente textos em latim vulgar. Quase nenhum texto, que contenha vulgarismos, é intencionalmente vulgar, à exceção da Cena Trimalchionis, de Petrônio, e dos comediógrafos, principalmente Plauto, que colocam personagens do povo falando. O mero fato de ser escrito envolve o uso de certas convenções, e mesmo no caso de escritores simples, sem muita pretensão literária, há pelo menos a convenção ortográfica que eles tentam seguir. Obras em que se encontram vulgarismos
O latim vulgar, como se disse, é

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