História da Arqueologia
A "Nova Arqueologia" como uma forma de otimismo global
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A ‘’Nova Arqueologia’’ surgiu na América nos primórdios da década de 60. Este movimento procurava reorganizar a disciplina quebrando com a abordagem histórica e antiquária da arqueologia. O seu aparecimento é da responsabilidade de vários autores, sendo o mais importante Lewis Binford e as suas obras – ‘’Archaeology as Anthropology’’ (1962) ‘‘New Perspectives in Archaeology’’ (1968), ‘’Stone Tools and Human Behavior’’ (1969) (em parceira com a sua então esposa Sally Binford). Numa primeira instância, a ‘’Nova Arqueologia’’ surgiu como uma reconstrução de monumentos, em nome da conservação e restauro. Mais tarde desenvolveu o objetivo de afastar esta disciplina (arqueologia) a mera listagem e armazenamento de artefactos para o estudo mais íntimo do comportamento humano (cultura e relações sociais), tornando-a assim mais científica com teorias e metodologias mais rigorosas. Mais importante que datar, interessa saber o porquê desses materiais. Também conhecida como arqueologia processual, a base teórica deste movimento centra-se no evolucionismo cultural. Sendo assim, os ‘’novos arqueólogos’’ são, de certo modo, evolucionistas culturais.
Durante este período notar uma diferença entre o conceito Americano de ‘’Nova Arqueologia’’ e do Reino Unido. Enquanto Binford defendia uma arqueologia como um ramo da antropologia o seu colega inglês, David Clarke, defendia que se tratava de uma ciência independente, cujas informações arqueológicas deveriam ser estudadas através de conceitos e metodologias arqueológicos.
Embora os objetivos e metodologias típicas da arqueologia processual fossem evoluindo com o passar do tempo, o seu núcleo central incluía: A defesa da Arqueologia quanto ciência; Foco no processo cultural; E uma abordagem teórica.
Em suma, esta nova teoria visava conhecer o Homem na sua total dimensão.