Historia do Direito

França: as ondas apetitosas
Onde mais um surfista poderia pegar algumas das melhores ondas do mundo e depois comer como um príncipe? É claro, só na França, terra das delícias na mesa e na praia.

O surfe francês existe desde o início dos anos 60, quando californianos que lá trabalhavam na produção de um filme para Hollywood, perceberam o potencial dos mares do Golfo de Gascogne, mandaram vir suas pranchas de casa e inauguraram as ondas do que viria a se tornar um dos "points" mais visitados do mundo.

A migração anual em busca da onda perfeita começa em novembro, quando as grandes tempestades no norte do Oceano Atlântico começam a enviar as ondulações rumo ao litoral marroquino, e termina em março, quando o mar, e as ondas, se acalmam, ainda que hoje em dia milhares de jovens marroquinos tenham aderido ao tradicional esporte havaiano e surfem o ano todo.

Em 1969, quando peguei pela primeira vez as ondas quentes do Atlântico europeu, ainda eram poucos os franceses que surfavam, mas hoje o esporte cresceu tanto que já é mania nacional, tanto no calor do verão, que chega a 40 graus, como no frio do inverno, quando só de roupa de borracha completa com capuz, luva e botas, pode-se enfrentar as ondas alucinantes criadas pelas tempestades no Mar do Norte.

Surfar na França é uma lição de gentileza e gastronomia, porque os surfistas locais não são agressivos como em outras partes do mundo, e das cozinhas francesas saem obras primas para o paladar.

Apesar de todo o litoral francês ter onda, e surfistas, é no Sul, quase fronteira com a Espanha, que perfeição e prazer tomam forma, pois o Norte é frio e batido por muito vento.

A temporada boa para quem quer surfar sem frio começa no fim de maio e termina no fim de setembro. Antes ou depois deste período, a água esfria muito e só os fanáticos enfrentam as ondas. Mas mesmo em pleno verão, uma súbita mudança no tempo pode fazer a temperatura baixar bastante e, apesar da água quente, tornar o surf desconfortável