Historia da vida privada

A família é algo que realmente existia no século 18. Mesmo entre os mais desfavorecidos, raríssimos são os que declaram não ter ao seu lado nenhum membro da família. Alguns fatos comprovam isso, sendo um deles a celebração do Casamento do Delfim em 30 de maio de 1770. O povo invadiu a rua com fogos de artifício, foi como uma micareta, então vcs já devem imaginar que deu merda. Várias carruagens tentavam abrir caminho, o q ajudou a ocasionar a morte de varias pessoas que foram sufocadas umas nas outras ou pisoteadas. Direto ao ponto, os corpos foram expostos no cemitério para os parentes reconhecerem e raros são aqueles que realmente vivem sozinhos em Paris: três quartos dos corpos são reclamados por um membro da família, parente próximo ou distante.
Um outro acontecimento é algo que ocorre ate nos dias de hoje. Os condenados a morte escreviam cartas para seus parentes e eram raros os que não escreviam.
A família popular não poderia viver separada. Para sobreviver eles precisavam de seus laços, vivendo ate mesmo varias gerações de uma mesma família juntas.

A partir de 1760 o trabalho dos comissários se tornou muito intenso em todos os setores como no abastecimento e na criminalidade, por exemplo, que a resolução dos litígios familiares torna-se uma carga cada vez mais pesada e cada vez menos aceita.Começaram a questionar se essas desavenças conjugais ou filiais realmente eram de sua competência.
Paralelamente, uma tendência liberal combate as ordens reais. Começou uma discussão sobre a necessidade das leis e o atentado contra a liberdade, reivindicando a restituição de poder aos juízes.
A lettre de cachet é atingida por vários protestos, sendo acusada de representar o poder real.Contesta-se a justiça privada do rei, exige-se que se revista cada vez mais de um caráter público e que a vida das famílias não se confunda com a do Estado.