historia da recreaçao
O lazer vem do Latim Licere cujo significado é o ócio, tempo livre, fora de ocupações e obrigações.
“Para os gregos, o ócio não significava não fazer nada, mas sim dedicar-se às ideias e ao espírito…”
Na Grécia antiga dava-se mais valor ao ócio do que ao trabalho, principalmente entre os atenienses, já que os espartanos eram guerreiros. O cotidiano do povo grego acontecia fundamentalmente nos ginásios esportivos, nas termas, no fórum ou outros lugares de reunião.
Quer dizer, os nomes dados aos lugares destinados à educação significavam ócio para os gregos. Assim, eles consideravam o ócio como algo a ser alcançado e desfrutado.
Para o filósofo Aristóteles, o ócio era uma condição ou estado – o estado de estar livre da necessidade de trabalhar. Ele fala também da vida ociosa em contraposição à vida de ação, entendendo por ação as atividades dirigidas para obtenção de fins materiais. Não considerava ócio a diversão ou o recreio, porque eram atividades diretamente relacionadas com descanso do trabalho; e a capacidade de viver devidamente o ócio era à base do homem livre e feliz.
Já o conceito de ócio dos romanos na Idade Média era que as pessoas muito ocupadas buscavam-no não como um fim, mas como descanso e diversão no intervalo de suas diversas atividades – exército, comércio, governo.
De acordo com estudiosos, a vida de ócio dos gregos só foi possível por causa da escravidão, pois na época havia duas classes de homens: os dedicados à arte, à contemplação ou à guerra; e os que eram obrigados a trabalhar, inclusive em condições precárias: os escravos.
Para os gregos, o ócio não significava não fazer nada, mas sim dedicar-se às ideias e ao espírito, na contemplação da verdade, do bem e da beleza, de forma não utilitária. Os indivíduos do mundo Clássico viam o ócio não como o tempo de não trabalho, mas como sagrado.