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304 palavras 2 páginas
A gente não ama quem é mais fácil. Nem amamos por que é mais bonito. A gente não ama apenas o perfeito, nem aquele que nunca vai nos machucar. A gente não ama só por que ele tem uma voz linda ou olhos azuis ou sabe falar três idiomas. A gente ama por coisas bem menores.

Amamos por que ele faz o melhor cafuné do mundo. Por que seu sorriso de canto de boca nos deixa de pernas bambas. Amamos por que tem um jeito de dormir embrulhado e roubar cobertas que é só dele. Amamos a risada cheia e ampla, que faz flipflops em nossa barriga. Suas ideias para melhorar o mundo e seu mau humor matutino. O jeito desafinado de cantar as piores músicas do ABBA ou de qualquer outro grupo que você, na verdade odeia. O franzir de testa quando zangado. Amamos até o jeito impaciente de bater pés enquanto nos espera acabar de vestir.

E não amamos por escolha. Por que se fosse uma escolha então só os belos, perfeitos, ricos, inteligentes e não fumantes seriam amados. Não existe uma vacina anti-amor. Podemos nos esconder e negar o sentimento. Podemos escolher não aceitá-lo. Mas nunca podemos evitar que ele nos contamine quando menos esperamos. Podemos fugir dele assustados como patinhos pegos fora da água. E podemos procurá-lo nos lugares mais errados. Mas ele vai permanecer ali. Não importa o quanto corramos.

Amamos por que é preciso. É preciso até a dor às vezes, e as decepções. Para aprender que amamos alguém de carne e osso. Cheio de medos e defeitos como nós. Mas que é perfeito PARA nos. Ainda que imperfeito para qualquer outro.

Pro Beto, 24 anos depois com a certeza que disse sim pra pessoa perfeita.

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