Hermeneutica -palmer

FICHAMENTO RICHARD PALMER OBRA: HERMENÊUTICA P. 180-196 A CRÍTICA DA COMPREENSÃO USUAL DA HISTÓRIA - Pré – estrutura da compreensão Para Heidegger, a pré-estrutura da compreensão está pautada no fato de que o homem compreende um dado texto, tema ou situação com um modo de ver já estabelecido (com algumas concepções previas ideacionais). Logo, para Heidegger, a compreensão humana sobre um objeto não se pauta de uma consciência vazia, temporariamente preenchida com a situação, mas já parte de algumas concepções prévias ideacionais, ou seja, com um modo de ver já estabelecido. -Consequências da consciência histórica: Toda compreensão da história é sempre através de uma consciência que se situa no presente. Não há uma visão ou uma compreensão puras da história, sem referencia ao presente. Contudo, o presente só é visto e compreendido através das intenções, modos de ver e preconceitos que o passado transmitiu. Isto é a operacionalidade do passado no presente, afirmada no conceito de historicidade. -Crítica à consciência histórica Heidegger e Gadamer dirigem sua crítica à escola histórica na Alemanha – J.D Droysen e L.Von Ranke são representantes famosos – pois para estes filósofos a tarefa do historiador não era projetar na história os seus sentimentos pessoais, mas sim a de entrar completamente no mundo histórico do qual pretendia dar conta. A hermenêutica de Gadamer e a sua crítica à consciência histórica, sustentam que o passado não é como um amontoado de fatos que possam se tornar objeto de consciência; é antes um fluxo em que nos movemos e participamos , em todo o ato de compreensão. Logo, a tradição não seria contra nós, mas sim algo em que nos situamos e pela qual existimos. -Dilthey Tentou estabelecer uma metodologia não naturalística para a compreensão histórica, cuja experiência e a vida eram temas constantes. A compreensão histórica não assenta num abandono total da experiência de cada um, mas na compreensão de que cada pessoa é em si mesma um ser histórico.