Heneismo

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FILOSOFIA HELENISTA

O que há de comum no pensamento dos filósofos gregos é a concepção de que a virtude resulta do trabalho reflexivo, da sabedoria, do controle racional dos desejos e paixões. Além disso, o sujeito moral não pode ser compreendido ainda, como nos tempos atuais, na sua completa individualidade. Os gregos são antes de tudo cidadãos, membros integrantes de uma comunidade, de modo que a ética se acha intrinsecamente ligada à política.
No período helenista (séculos III e 11 a.c.), os filósofos se ocupam predominantemente com questões morais, destacando-se duas tendências, o hedonismo e o estoicismo.

Hedonismo

Epicuro de Samos

Para os hedonistas (do grego hedoné, "prazer"), o bem se encontra no prazer. Ao contrário do que se poderia supor, o principal representante do hedonismo grego, Epicuro (341-270 a.c.), considera que os prazeres do corpo são causas de ansiedade e sofrimento. Para permanecer imperturbável, a alma precisa desprezar os prazeres materiais, o que leva Epicuro a privilegiar os prazeres espirituais, sobretudo os que dizem respeito à amizade.

Hedonismo

Zeno de Cítio

Na mesma época, o estóico Zeno de Cítio (336-264 a.c.) despreza os prazeres em geral, por considerá-los fonte de muitos males. As paixões devem ser eliminadas porque só provocam sofrimento e por isso a virtude do sábio, que vive de acordo com a natureza e a razão, consiste em aceitar com impassibilidade o destino e a dor. As teorias estóicas foram bem-aceitas pelo cristianismo ainda na época do Império Romano, fecundando as idéias ascéticas do período medieval.
Durante a Idade Média, a visão teocêntrica do mundo fez com que os valores religiosos impregnassem as concepções éticas, de modo que os critérios do bem e do mal se achavam vinculados à fé e dependiam da esperança de vida após a morte. Na perspectiva religiosa, os valores são considerados transcendentes porque resultam de doação divina, o que determina a identificação do sujeito moral com o ser

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