Hannah Arendt

6852 palavras 28 páginas
O homem e a política em A condição humana
Prof. Ms. Moisés Rodrigues da Silva
(Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás, Goiânia-GO – Brasil) professormoisesrodrigues@hotmail.com Resumo: Este artigo expõe, brevemente, um estudo sobre a condição humana segundo Hannah
Arendt. Em um primeiro momento, conclui-se, mediante a análise do homem e da história humana, a despolitização do homem moderno. Mas, após a evidência da “ação” como uma característica humana que promove esperança, notaremos, de uma forma otimista, que há a possibilidade da ação política.
Palavras-chave: Trabalho; Labor; Ação; Natalidade.

1. Considerações iniciais
Em filosofia política – pelo menos em boa parte dela – as questões com as quais nos deparamos nos remetem a assuntos tais como democracia, cidadania, sociedade, satisfação humana, direitos e deveres, educação, formas de governo, e outros. Estudamos filosofia política com a pressuposição de que há política para ser tratada filosoficamente, ou seja, de que os homens se interagem politicamente, pois, se assim não fosse, estudaríamos teorias econômicas, ecológicas ou biológicas, mas não filosóficas para entendermos as relações entre os homens.
Quando lemos, porém, A Condição Humana, de Hannah Arendt, a primeira impressão que temos é a de que a política – infelizmente, para nós – ficou em outra época e não na nossa. A autora diz que, neste livro, ela se limita a duas análises: “uma análise daquelas capacidades humanas gerais decorrentes da condição humana”; e uma análise histórica que, segundo a pensadora, tem a finalidade de “chegar a uma compreensão da natureza da sociedade, tal como esta evoluíra e se apresentava no instante em que foi suplantada pelo advento de uma era nova e desconhecida”.1 É o resultado destas duas análises, a do homem e a da história deste homem, que nos inquieta à primeira vista. Pois, como veremos, a diferença de intensidade de uma ou outra determinada capacidade humana e a consequente

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