HA 6 Arte Moderna Brasileira
O Brasil e a Arte no início do século XX:
Antes dos anos 20, são feitas em São Paulo duas exposições de pintura que colocam a arte moderna de um modo concreto para os brasileiros: a de Lasar Segall, em 1913, e a de Anita Malfatti, em 1917. A exposição que Lasar Segall realizou em 1913 não provocou nenhuma polêmica, pois seus trabalhos foram vistos como a produção de um estrangeiro. Mas com a de Anita Malfatti (1896- 1964), pintora brasileira, a reação foi totalmente diferente. Essa artista teve uma importância muito grande nos acontecimentos que antecederam o Movimento Modernista no Brasil de 1922. Monteiro Lobato não gostou e criticou por meio de um artigo chamado “paranóia ou mistificação”. Mário de Andrade gostou tanto que visitou onze vezes a exposição. Sua mostra de 1917 cumpriu papel histórico de questionar novos caminhos para a arte e instigar intelectuais ao movimento modernista brasileiro. As críticas desfavoráveis a Anita Malfatti, porém, fizeram com que muitos artistas se unissem à pintora e, juntos, trabalhassem para o desenvolvimento de uma arte brasileira livre das limitações que o academicismo impunha. Lasar Segall Anita Malfatti
Neste sentido, Anita acabou tendo uma importância histórica muito grande para as artes do Brasil, pois, na medida em que foi criticada, polarizou a atenção dos artistas inovadores e revelou que sua arte apontava para novos caminhos, principalmente para os novos usos da cor. Como dizia a própria artista à Revista Anual do Salão de Maio, em 1939: "Os objetos se acusam só quando saem da sombra, isto é, quando envolvidos na luz. (...) Nada neste mundo é incolor ou sem luz”.
As manifestações de uma nova tendência nas artes inicia através da atividade crítica e literária de Oswald de Andrade (1890-1954) e Mário de Andrade (1893-1945) e alguns outros artistas que vão se conscientizando do tempo em que