GÊNEROS TEXTUAIS E O ENSINO DA ORALIDADE NO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA ANÁLISE DE LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA

6953 palavras 28 páginas
GÊNEROS TEXTUAIS E O ENSINO DA ORALIDADE NO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA ANÁLISE DE LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA
Luna Karoline Sousa Rocha (UESPI)
Bárbara Olímpia Ramos de Melo (UESPI)

1 INTRODUÇÃO

Sabe-se que, por muito tempo, o ensino de Língua Portuguesa nas escolas contemplou, indiscriminadamente, o trabalho com a escrita dando uma quase inexistente importância à modalidade oral de uso da língua. Acreditava-se que não era dever da escola ensinar o aluno a falar e sim da família. No entanto, observou-se que, nas últimas décadas, com o surgimento e avanços dos estudos linguísticos, essa realidade vem sendo transformada e já se reconhece a relevância do ensino da oralidade.
A prática docente do ensino de língua oral nas escolas é feita por meio do apoio que os livros didáticos oferecem aos professores e, apesar dos avanços, em muitos destes livros, ainda não é possível constatar o reconhecimento do lugar da oralidade. Por esta razão, a pesquisa em face proveio da necessidade de se analisar o modo como os livros didáticos de Língua Portuguesa do 8º ano da educação básica tem abordado o ensino da modalidade oral de uso da linguagem, especialmente no que diz respeito às atividades propostas de discussão e produção de textos orais.
Para tanto, foram analisados três livros didáticos, sendo um da EJA e dois do Ensino Fundamental Regular que foram utilizados no ano de 2012 em algumas das escolas do município de Teresina. A pesquisa objetivou descrever a maneira como são propostas as atividades do livro didático voltadas para o ensino-aprendizagem da oralidade e analisar se estas estão em conformidade com o que recomendam os materiais de apoio oferecidos às escolas e aos professores a fim de subsidiar, teoricamente, suas propostas pedagógicas.
Dentre os autores estudados, pode-se apontar: Antunes (2003), Cardoso (1999), Fávero (2003), Marcuschi (1997) e (2003), Pretti (1999), Ramos (1997) e Rojo (2000) e (2003), além de documentos como a

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