Gênero, enfermagem e saúde
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
GÊNERO, ENFERMAGEM E SAÚDE
MILENA OLIVEIRA
SAVADOR
2012
MILENA OLIVEIRA
GÊNERO, ENFERMAGEM E SAÚDE
Texto dissertativo apresentado à disciplina História da Enfermagem do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia como requisito parcial para obtenção de nota.
SALVADOR
2012
Falar da relação gênero, enfermagem e saúde nos remete à questão da construção da identidade enquanto processo histórico. A identidade é, necessariamente, fruto de uma construção social à medida que ela nasce a partir das experiências vivenciadas e interiorizadas por cada ser humano dentro do modelo social ao qual pertence. O sistema social vigente cria requerimentos que vai dando forma à vida cotidiana, impondo suas formas culturais e, determinando, dessa forma, as relações de gênero.
O processo de criação da identidade feminina é antigo e sofreu incontáveis mudanças ao longo da história. Isso se deve ao fato de que, sendo a construção de gênero ligada às normas morais e definida, portanto, a partir de especificidades como estado civil, idade, função social, etc., a representação da mulher depende da condição em que a mesma se encontra, segundo o sistema em vigor. Isso vai conferir ao “ser mulher” diversos significados já que durante toda a história da humanidade as regras sociais mudaram continuamente.
A caracterização da identidade feminina tem início desde os primórdios onde a mulher era considerada fisicamente fraca e, portanto, deveria se dedicar às atribuições do lar. O provimento das necessidades que exigiam força física ficava a cargo dos homens. A mulher era provedora das questões afetivas e emocionais. E foi nesse período que teve origem a saga