GUERREIRA DE NATURESA MULHER NEGRA, RELIGIOSIDADE E AMBIENTE

1196 palavras 5 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE – UFAC
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS - CFCH
CURSO DE BACHARELADO EM HISTÓRIA - CBH

IZAQUE

GUERREIRA DE NATURESA
MULHER NEGRA, RELIGIOSIDADE E AMBIENTE

Rio Branco– Acre
JANEIRO DE 2014

Elisa Larkin Nascimento (org.), Guerreiras de Natureza: mulher negra, religiosidade e ambiente, Coleção Sankofa v. 3, São Paulo: Summus, Edições Selo Negro, 2008.

Em 2009, chegou às livrarias a coleção Sankofa: matrizes africanas da cultura brasileira, publicada em 2008 – treze anos depois de editada pelo curso homônimo do Ipeafro, o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros, fundado por Abdias do Nascimento e Elisa Larkin Nascimento. Com artigos de subsídio à formação docente sobre história e cultura africana e afro-brasileira, antecipou em dez anos a Lei Federal que oficializou sua inclusão no currículo da rede educacional, alterando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), principal lei educacional brasileira. Agora, sete anos depois da Lei n. 10.639/03, ampliada pela Lei n. 11.645/08 com inclusão de história e cultura indígena, o terceiro volume causa admiração pela fluidez dos artigos sankofados na ancestralidade como berço do devir.
Os capítulos iniciais aproximam religião e mulheres negras. Em “Religiões afro-brasileiras”, Heliana Teodoro historiografa a cosmovisão do candomblé Iorubá/Ketu, além de descrever os cultos de Egun, mas também menciona elementos das nações Jeje e Angola, do Islamismo e da Umbanda. Caracteriza as religiões negras como “linha de frente e dinamizadora de um ethos, indicadora de comportamentos, hábitos, enfim, de uma maneira de ser” (p. 83) e brinda o papel de resistência simbólica e física dos povos negros transplantados que foi exercido nas/pelas comunidades-terreiro. É aí que se planta Axé e o pertencimento cultural dinamizador da ruptura de mulheres negras com a cultura e a identidade fixadas na mística da submissão feminina.

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