GUERREAU, Alain. “Feudalismo”. In: LE GOFF, Jacques; SCHIMITT, Jean-Claude. Dicionário Temático do Ocidental Medieval. V.1, Bauru: EDUSC, 2006, pp. 437-455.

518 palavras 3 páginas
GUERREAU, Alain. “Feudalismo”. In: LE GOFF, Jacques; SCHIMITT, Jean-Claude. Dicionário Temático do Ocidental Medieval. V.1, Bauru: EDUSC, 2006, pp. 437-455.
O Autor Alain Guerreau, destaca neste capitulo algumas críticas á historiografia sobre a Idade Média vinculada á Europa feudo – medieval, na segunda parte do século XVIII, mesmo sem haver se quer alguma comprovação de que ocorreu uma ruptura necessária com o passado medieval. “Nossa visão do sistema feudal não é produto de uma evolução mais ou menos acumulativa ou em ziguezague, mas de uma ruptura da qual resultou um novo quadro de referencia das relações sociais dentro do qual ocorreram somente variações e que usamos ainda hoje” (GUERREAU, 2006: 437).
Apartir daí, Guerreau considera como causadores dessa ruptura com o sistema feudal no plano das representações – os pensadores como Spinoza, Locke, Montesquieu, no qual eram incompatíveis com a estrutura da organização feudal. Observa – se que esse processo de transformação não ocorreu de forma semelhante em todas as zonas na Europa; em outras regiões, a exemplo da Inglaterra, que percebeu essa ruptura de forma precoce, relacionando – a com outras regiões.
Guerreau aborda no texto que algumas características eram à base do sistema feudal, no qual na vitória sobre o dominium medieval houve sérias demandas, pois tal conceito não foi apenas derrubado quando suas representações foram atacadas e por essa razão, surgiu – se uma dupla fratura do século XIX.
Guerreau nos mostra que a primeira fratura, da Ecclesia, não deixou rastros, mas, a segunda, a fratura do Dominium causou discussões e debates no século XIX. Porém no século XX, a medievística ocidental, apesar das criticas ao positivismo, não conseguiu evitar a lógica, produzindo um empirismo síntese. “Mas o evolucionismo, mais ou menos tocado pela influência de Augusto Comte, tendia a vencer no final do século, assimilando o feudalismo a uma “fase” de todas as civilizações: a Terceira República reivindicava

Relacionados