Guerra no Paraná

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No que hoje é a residência oficial do governador do estado, a Granja Canguiri, japoneses ficaram confinados por um tempo durante a Segunda Guerra Mundial.
O Paraná teve um campo de concentração que também serviu como uma espécie de confinamento. O alvo não eram os alemães e sim os japoneses, que foram duramente perseguidos na Segunda Guerra Mundial. Uma lei federal de 1942 pediu para que todos os imigrantes que fizessem parte do grupo do Eixo (durante a guerra) fossem retirados da faixa litorânea e ficassem a pelo menos 100 quilômetros de distância do mar, por medida de segurança na­­cional. Alemães, italianos e japoneses foram perseguidos e retirados do litoral paranaense porque se acreditava que eles poderiam manter comunicação ou fazer conluio com os navios inimigos que se aproximavam do Brasil.
A delegacia de Antonina, em 25 de setembro de 1942, retirou 85 migrantes da cidade: 53 japoneses, 10 alemães e 22 italianos. Do litoral, o “trem dos evacuados” partiu para Curitiba. “Quem tivesse parentes na capital ou amigos que pudessem oferecer abrigo ficava pela cidade. Já os japoneses que não encontraram lugar para morar foram levados para a atual Granja Canguiri”, explica a jornalista Maria Helena Uyeda, autora do livro Ayumi – caminhos da imigração. Ela escreveu o livro junto com o pesquisador Claudio Seto. Quando ainda estava vivo, Seto entrevistou uma senhora japonesa que viveu em Canguiri: ela teria narrado a situação precária enfrentada pelos japoneses na granja. Há quatro anos esta senhora faleceu e, até hoje, há poucas informações sobre o assunto. A obra literária acabou sendo um dos poucos registros históricos.
Sabe-se, por meio desta mu­­lher, que as famílias que foram para o Canguiri viviam em galpões rurais com o mínimo de infraestrutura. Esses locais já haviam sido ocupados por cavalos e pelos bois. Foi ali que esses japoneses viveram a partir de 1942 – não há registros oficiais de quantos eles eram, mas acredita-se que ficaram na granja até o fim

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