Graça

Para Graça vivemos em uma época que os meios de comunicação interferem diretamente na formação/deformação das pessoas. Salientando a importância de pesquisas integradas entre comunicação e educação para resultados pedagógicos mais eficazes nas escolas. Comenta que a incorporação de fragmentos de textos da imprensa nos livros didáticos não favorece a leitura crítica do mundo, porque são eles próprios, além de recortes, são versões da realidade. Faz referência também a incapacidade de leitura para além dos códigos linguísticos, o qual se tornou objeto de reflexão dos educadores brasileiros, que visam identificar as causas e encontrar caminhos para alteração desta realidade dos educandos. Ao trabalhar esse tema, utiliza-se da pesquisa Retrato da Leitura do Brasil revela que 61% dos brasileiros têm pouco ou nenhum contato com os livros. E levanta questionamentos sobre o exercício cidadão da leitura e a influência da escola; colocando que os jornais descobriram um importante nicho no mercado editorial: a escola. A autora defende que é de extrema importância produzir projetos de mídia na escola, pois acredita ser fundamental refletir sobre a qualidade do uso da mídia na sala de aula; aprender sobre o mundo editado pela mídia; ler além das aparências; compreender a polifonia presente nos enunciados da narrativa jornalística. Porém acredita que não se trata apenas de ensinar os educadores a “lerem” os jornais, mas sim ensina-los a “lerem” o mundo, o poder da mídia e o papel de cada veículo, lembrando sempre que a linguagem por natureza é ideológica, pois só assim, poderão fazer a leitura crítica da mídia e, consequentemente, ensinar os alunos a pensarem, refletirem sobre os conteúdos noticiosos. O educador brasileiro Paulo Freire defendia que a elaboração do jornal escolar é essenciais para motivar a escrita, “contribuindo para o desenvolvimento social e cultural do educando”. Os projetos de mídia na escola, a grande diferença,