Grandes mestres aprendem com os erros!...

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Em uma destas semanas anteriores, assisti a uma grande entrevista, na TV francesa, com um filósofo que mencionava o poder da humildade em aprender com os próprios erros. Em verdade, poucos estão dispostos a assumir para si uma falha, um deslize, um erro... Para muitos, neste viés, o melhor mesmo é buscar uma justificativa ou culpar os demais! – Isso é cotidiano na convivência entre pessoas. O que nos faz agir assim? Sempre que questionamos alguém mais velho, logo escutamos: “ah!.. mas eu só fiz isso porque fulano agiu assim; ele precisava disto!” Será? Em diversos exemplos que, amadurecidos, refletimos, poderemos encontrar a ação simplesmente pelo ímpeto da máscara interior: “Ajoelhar-se ou prosternar-se até o chão, mesmo para tornar sensível a si a adoração das coisas celestes, é contrário à dignidade humana”, escreve Kant, e isso é bonito. Mas é verdade? Esse é o ponto: é verdade?

A vida vai nos tornando sensíveis a pequenos gestos que demonstram a insegurança e incômodo de alheios. Tive oportunidade de escutar opiniões de mestres de renome acerca de terceiros que possuem técnicas, bem, pelo menos para mim, impecáveis, e as respostas com ar de desdenho foram: “está treinando, um dia fica bom! É bom, mas não gosto como pessoa! O que ele faz não tem validade! Somente loucos acham aquilo bonito!” Incrivelmente, estamos falando de homens que mudaram a história das artes marciais, e não de qualquer aventureiro que possui uma boa técnica; disto o mundo está cheio!

“Muitos se lembrarm de se tornarem mestres, mas esquecem-se de agirem como mestres!”

O homem empírico (homo phaenomenon, animal rationale) não tem importância, explica Kant, mas considerado como pessoa (homo noumenon), isto é, como sujeito moral, ele possui uma dignidade absoluta: “seu pequeno valor enquanto homem animal não pode prejudicar sua dignidade como homem razoável”. Podemos ver que o homem está contra o homem, e as numerosas explicações de sua infelicidade não afastam a dor que o aflige.

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