Graduação

Disciplina de História da Filosofia Contemporânea II
Professor: Roney Wagner Vieira
Aluno: Leandro Luiz Freire, RA- 201111250
Fichamento sobre o texto: Dialética do Esclarecimento (Excurso I, Ulisses ou Mito e Esclarecimento) Adorno e Honkheimer
Tema:
“O recurso de eu para sair vencedor das aventuras: perder-se para conservar, é a astúcia.” No Excurso I da Dialética do Esclarecimento, faz-se referência a Ulisses e à sua astúcia. Ulisses foi aclamado como herói em sua epopéia não apenas ao portar-se como um guerreiro imbatível como foi Aquiles, e sim por utilizar a astúcia e todas as suas artimanhas que poderia ser considerada uma virtude para retornar ao seu lar (Ítaca). Porem, a astúcia aqui como nos diz Adorno e Honkheimer é o recurso do eu para sair vencedor, ou seja, o herói (Ulisses) sacrifica a si mesmo (o eu), para alçar seu fim desejado. Esse sacrifício é interpretado como a imagem do sujeito da modernidade, que tem essa oposição entre o eu e as forças ocultas da natureza. No mito já se encontra o germe da modernidade e a astúcia do senhor. Em uma das passagens mais intrigantes da Odisséia, o encontro de nosso herói com a feiticeira Circe é apresentado por Adorno e Honkheimer como o germe da frieza burguesa. Circe é tida na história como uma feiticeira que morava num palácio e lá com sua sedução, pois era dita como belíssima, transformava os homens em animais com atitudes domesticadas, ou seja, a condição mais servil que transformavam os guerreiros. “A força de Circe, que submete e reduz os homens á servidão, converte-se na servidão do homem que, pela renúncia, recusou a submissão.” Ulisses se sacrifica para alcançar seu fim, recusa os prazeres que uma deusa poderia oferecer pra ele. Essa é uma das passagens mais interessantes, pois é o perder-se para se conservar, é a astúcia do senhor que vai se sacrificando, renunciando a ponto de perder-se para alcançar seu objetivo. A astúcia será o meio por onde o sujeito não