Graduação

2425 palavras 10 páginas
ISSN 0104-8015
POLÍTICA & TRABALHO
9
Revista de Ciências Sociais
n. 31 Setembro de 2009 - p. 9-11

Apresentação
Jean Carlo de Carvalho Costa
José Henrique Artigas de Godoy
Em Por que ler os clássicos Ítalo Calvino argumenta que toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta como a primeira. E continua, afirmando que um clássico é aquele que “nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer” (CALVINO, 1993, p.11). Joaquim Nabuco e seus textos encontram-se, sem dúvida, neste grupo de autores e obras.
É certo que um clássico não se mede pela antiguidade, mas é certo também que aqueles que assim se mantém por anos e por décadas não suplantam o peso e a estatura dos que são clássicos por séculos. Há clássicos de nascença, como dizia Antonio Candido sobre Raízes do Brasil. Há clássicos por aceitação e legitimação do grande público, como Casa Grande e Senzala. Há ainda clássicos que o são, pois não perderam a atualidade, continuam não só instigantes, mas provocadores. Joaquim Nabuco e seu O Abolicionismo são exemplares deste perfil provocador, radical, na classificação do mesmo Antonio Candido (CANDIDO,
1990).
Os autores clássicos são aqueles que o tempo não diminui a centralidade da força explicativa de seus argumentos. A força de um clássico se mede pela potência que ele representa para determinado campo em que atua. Os clássicos que estão na estrada como referências paradigmáticas há séculos são as grandes figuras, os cânones, os reconhecidamente imortais.
Alguns destes imortais não atingiram os céus em vida, muitos estiveram à frente de seu tempo e foram incompreendidos, outros, por sua vez, foram louvados e reverenciados publicamente. Há ainda um terceiro tipo de clássico, aquele que vive a glória, mas também o ostracismo. Neste grupo encontramos grandes vultos que se tornaram, por decreto ou reconhecimento, os bastiões do
Estado brasileiro. José Bonifácio está entre eles. Joaquim Nabuco também.
Bonifácio subiu aos

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