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Influência do Agronegócio no PI

A influência do agronegócio em solo piauiense tem gerado discussão em torno dos aspectos sócio, econômico, cultural e ambiental no que condiz aos impactos tanto positivos como a geração de renda, quanto negativos no que diz respeito da perda de territorialidade, marcação identitária e degradação ambiental que afetam a população local. A vinda de empresas, especificamente do ramo alimentício, para o interior do Estado com o propósito de trazer melhorias e benefícios para a região advindas dos incentivos fiscais e acesso ao crédito por parte do próprio Estado tem causado desconforto a estes moradores pelo uso da violência tanto simbólica quanto material por parte destes empresários.
O cerrado piauiense, ocupado pela Bunge Alimentos em Uruçuí com a plantação e comercialização da soja é um exemplo da falta de investimento para o desenvolvimento da cidade em que se instalou. Segundo relatos de pesquisa e dos próprios moradores do Povoado Sangue não houve alteração no sentido econômico e social para a população após a chegada da empresa, a estrutura física do povoado não apresenta melhorias habitacionais, infraestrutura física precária, os moradores vivem da cultura de subsistência (plantação feita em seus quintais), baixo índice de geração de emprego, já que a plantação da soja é realizada por máquinas substituindo mão de obra, e renda; nem ao menos em elementos básicos essenciais como a educação, saúde e saneamento obtiveram melhorias, ou seja, o crescimento econômico não gerou o devido desenvolvimento que se esperava alcançar com sua instalação. O que nota-se é que por se tratar de uma agricultura empresarial, o capital gerado fica concentrado na mão de poucos não sendo homogeneizado de maneira precisa. Outra consequência da produção da soja em larga escala está ligada à degradação ambiental, a grande exploração de recursos naturais. Diferente, mas não muito, está a cidade de Bom Jesus, que filha do agronegócio ali existente, e em