graduanda

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

Centro de Ciências Jurídicas e Políticas
Escola de Ciência Política
Curso de Ação Social e Decisão Política
Professora: Clarisse Gurgel
Estudante: Ingrid Herdeiro Gomes

MILÍCIAS NO RIO DE JANEIRO:

UMA QUESTÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA

Março de 2013
Introdução
O tema escolhido para a realização do trabalho final de semestre da disciplina é a questão das milícias, desde sua formação com as chamadas “mineiras” até o domínio que influi na economia política do crime no Rio de Janeiro.
Pretende-se abordar a formação de dois grupos ilegais que configuram poderes paralelos ao Estado: o primeiro propaga seu poder em determinado território do qual já faz parte, como é o caso da polícia mineira; o segundo instala-se em um território com perspectivas de expansão, sob a forma de uma rede organizada, objetivando o controle de atividades ilícitas de potencial lucrativo, sendo este o caso das milícias.
Analisaremos a formação desses grupos à luz de Max Weber e sua teoria da ação social, diferenciando o poder inicial que tais grupos impõem, da dominação (relacionada à legitimidade) posterior, descritos pelo sociólogo. E utilizaremos também a obra “O Suicídio”, de Durkheim, para tratar de energia e institucionalização das milícias, mecanismo de manutenção das mesmas.
Em ambos os casos, as organizações oferecem dita “segurança” à comunidade e, em troca, usam da força coerciva para instituir suas regras no local - não só mediante o poder de armas de fogo. Elas obrigam os moradores a consumirem, por exemplo, o gás comercializado pela organização criminosa e sua rede de televisão a cabo. Além disso, em muitos casos, segundo relato dos próprios moradores, eles têm de pagar uma taxa mensal para os milicianos em troca de sua segurança.
Outro enfoque a ser abordado no texto é o crescimento das milícias, que muito tem a ver com a articulação dos grupos de extermínio dos anos 70 aos 90 que assombravam a