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466 palavras 2 páginas
O “Guardador de Rebanhos” apresenta um diálogo entre o guardador de rebanhos e um interlocutor. A primeira (versos 1 ao 3) e terceira estrofe (versos 8 ao 11) representam a voz do interlocutor e a segunda (versos 4 ao 7) e quarta estrofe (versos12 ao 15) e referem-se aos comentários do guardador de rebanhos.
Um e outro manifestam o seu ponto de vista acerca do vento que passa, que é o mesmo que dizer acerca de tudo o que passa, das coisas que passam. Interessante é que o diálogo gira em torno do vento, logo um dos elementos da natureza que maior mobilidade possui.
O guardador de rebanhos encontra-se à beira da estrada, verso 2, conforme indicado pelo interlocutor. Mas o interlocutor pergunta ao guardador de rebanhos o que o vento diz a ele quando passa.
Nos versos 4 ao 6 o guardador de rebanhos responde que, para ele, o vento é apenas o vento, passa como passou antes e passará depois e nada mais. O vento não fala, portanto, não poderia dizer nada a alguém, além de passar como sempre fez e fará. Portanto, para o guardador de rebanhos não há conotação alguma no vento. O vento é vento, no sentido denotado, no sentido real.
Mas o guardador de rebanhos, mesmo pensando que o vento é apenas o vento, pergunta ao interlocutor o que o vento lhe diz.
O interlocutor, que é quem coloca a questão ao guardador de rebanhos, responde na terceira estrofe que o vento é “muito mais do que isso”; “fala-lhe de muitas outras coisas”, no verso 9; “de memórias e de saudades/E de coisas que nunca foram”, nos versos 10 e 11. Já aqui, o interlocutor apresenta uma versão conotativa do vento.Por exemplo, o sentido conotativo de vento pode ser encontrado num dito popular muito conhecido, e todos que o ouvem, compreendem essa variação: “quem planta vento, colhe tempestade”. Só a leitura conotativa pode lhe dar sentido: quem complica as situações, sofre grandes prejuízos, pois aquilo que se faz, tem consequências.
Para o guardador de rebanhos, conforme podemos ver nos versos 12 ao 15, o

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