Globalização ou globalitarismo?

Autor(a): Ariane Pereira Santos

Globalização ou globalitarismo?
Dentre as diversas épocas da história da humanidade, a época atual é caracterizada como sendo produto de um processo de globalização. A primeira definição de globalização que surge ao pesquisá-la na internet é: "um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo". Deste modo, a globalização se impõe como um estado no qual as nações e as pessoas do mundo podem trocar idéias, realizar transações financeiras e comerciais e espalhar suas características culturais em uma escala global.
Esta definição sobre como se dá o processo de globalização seria perfeita se não fosse um tanto utópica. Utópica porque as consequências boas desta globalização não existem para todas as nações do mundo. Há certa distorção quando se trata sobre como o processo de globalização se deu no mundo - na maioria das vezes, como forma de imposição econômica, social e cultural de países denominados como grandes potências ecônomicas sobre os países "em desenvolvimento".
Fala-se que o neoliberalismo acelerou a globalização econômica mundial, pois permitiu transnacionais dividir seus setores em toda parte do mundo para produzir em uma escala global. E realmente, este fato aconteceu e acontece, pois há uma produção de coisas em escala global, porém o grande problema é que a distribuição destas coisas produzidas não se dá numa escala global assim como o capital gerado no local em que estas coisas são produzidas não voltam como investimento para este e sim retornam para o país de origem destas transnacionais. Este fato justifica a fome em escala mundial - com cerca de 805 milhões de atingidos, isto é, uma em cada nove pessoas no mundo (dados da ONU de 2014) -, enquanto há uma acumulação de riqueza e aumento do consumo por parte de nações consideradas potências econômicas.
Então, surge a pergunta: para quem esta definição de processo de globalização realmente aconteceu e à quem