Gleiteman

CAPÍTULO 14

Gleitman, H. , Fridlund, A. J. & Reisberg, D. (2009). Psicologia (8 Edição). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. o Desenvolvimento Social*
No capítulo anterior analisámos o desenvolvimento físico e cog­nitivo: os modos como se evolui de embriões para adultos feitos, de bebés que gatinham para adolescentes ágeis, de bebés que mal bal­buciam para adultos que se expressam com clareza. Mas as crianças não se desenvolvem apenas em tamanho e pensamento; também se desenvolvem nas relações com as outras pessoas. Elas aprendem a comportar-se de forma socialmente aceitáve1.Aprendem a perceber as nua,nces no comportamento dos outros e a comunicar as suas próprias necessidades e desejos. Aprendem a ser boas amigas doS seus aliados e a ser cautelosas com os adversários. Descobrir como o fazem é a tarefa dos psicólogos que estudam o desenvolvimento social.
O desenvolvimento físico, cognitivo e social são diferentes aspec­tos em que as nossas competências aumentam na jornada humana, do nascimento à maturidade. A nível físico, crescemos em tamanho e força, o que nos permite movimentar livremente no nosso meio. A nível cognitivo, aprendemos a habitar não apenas o mundo físico, mas também o mundo dos conceitos e das ideias.
No desenvolvimento social existe um padrão de expansão seme­lhante. Durante os primeiros meses de vida, o mundo social do bebé
• Tradução de Isabel Sá.
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o DESENVOLVIMENTO SOCIAL. Cap.l4

A vinculação. (Mãe e filha,
c. 1890, de Mary Cassatt; gentileza do WichitaArt Museum, Kansas; colecção de Roland P. Murdock)

está limitado a uma única pessoa, geralmente a mãe. Com o tempo, os horizontes sociais tornam-se mais vastos, passando a incluir ambos os pais, o resto da família e depois os companheiros da vizi­nhança, da creche e da escola. Com o início da adolescência, um pequeno número de amigos especiais assume cada vez maior impor­tância à medida que a sexualidade floresce. Muito em breve, muitos de nós tornam-se pais e,