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Nunca os destinos entre o centro e a periferia do capitalismo – antes chamados de primeiro e terceiro mundos – foram tão diferenciados e contrapostos. Não por acaso o primeiro está conformado e contente com o mundo atual e elege governos conservadores, de direita, que privilegiam a manutenção da "ordem" atual do mundo, enquanto na periferia os sintomas de descontentamento e de vontade de mudança se multiplicam e se estendem.

Nos EUA, na Europa ocidental, no Japão, a opinião pública virou para a direita, até mesmo para a extrema direita em certos casos, revelando como se fecham sobre si mesmos, optam pela defesa dos seus privilégios, considerando-os ameaçados pelo que vem da periferia – trabalhadores imigrantes, "terrorismo", religiões fundamentalistas, ideologias de esquerda. A questão social – interna e externa – é escamoteada a favor da "segurança" – que amalgama luta contra o terrorismo e pela "proteção" contra trabalhadores imigrantes que, quando são aceitos ou tolerados, sobrevivem na sua grande maioria no trabalho precário, sem direito algum e com o risco permanente da expulsão. Basta dizer que um dos governos mais moderados, o da Alemanha, hoje aparece como o que mais resiste à nova intervenção dos EUA no Iraque, mas permanece isolado.

Foram esses países e regiões que globalizaram o resto do mundo. Isto é, definiram as regras da globalização, abriram os mercados que lhes interessaram, subvencionaram o que quiseram, exportaram suas grandes multinacionais, impuseram via capital especulativo o endividamento agudo dos países periféricos que aceitaram a lógica do ajuste fiscal como prioritária e invadiram suas economias. São os grandes vencedores da globalização neoliberal, melhoraram seu nível médio de vida, se distanciaram ainda mais do nível de vida dos países da periferia, de quem querem distância e proteção. Globalizaram o capital, mas não a força de trabalho, por isso a discriminação contra os trabalhadores imigrantes.

Enquanto isso, num

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