giardia

Fisiopatologia A giardíase pode originar a diarreia crônica com cheiro forte, fraqueza e cólicas abdominais no hospedeiro, graças às toxinas que libera tendo assim uma má-absorção intestinal. Os mecanismos pelos quais a Giardia provoca esses sintomas ainda não estão bem esclarecidos. Quando presentes em grandes quantidades, os trofozoítos de Giardia formam uma espécie de tapete em todo o duodeno, reduzindo a ação das dissacaridases e prejudicando a absorção de vitaminas lipossolúveis, vitamina B12, ácidos graxos, ácido fólico, glicose, sódio e água. Com essa deficiência na absorção, acumula-se na luz do intestino um elevado teor de gorduras e outros elementos, o que pode gerar um quadro de esteatorréia. Em infecções crônicas pode ocorrer hipersecreção de cloreto na luz intestinal. Esse fator, associado à má-absorção parece ser o responsável pelo acúmulo de líquido no intestino, resultando em diarréia grave e crônica. Se tem duas maneiras de sobrevivência do parasita a variação antigênica e encistamento. A variação antigênica confere ao parasita uma alternância de antígenos de superfície específicos entre 6-13 gerações. Já o encistamento, é o processo no qual é formada a parede cística que promove a resistência do parasita às alterações ambientais.

Para colonizar o intestino, o parasita adere à mucosa intestinal, por meio do disco suctorial, produzindo irritação, alterando a estrutura dessa mucosa e lesionando principalmente as microvilosidades, que podem se tornar achatadas ou atrofiadas. Dessa forma, a área de absorção da mucosa intestinal torna-se reduzida, resultando no quadro de má-absorção. Esta lesão na borda em escova do epitélio intestinal pode explicar, ainda, a intolerância a lactose que frequentemente se desenvolve. É válido ressaltar o fato de que a microscopia óptica pode mostrar uma mucosa normal e essa mesma estrutura, quando analisada na microscopia eletrônica, revelar a presença de lesões nas microvilosidades. Tais lesões podem