Gestão e Avaliação
O desenvolvimento histórico da avaliação em Educação foi construído por intermédio de um longo processo e tem por base a evolução do ato e necessidade humana de avaliar. O final do século XIX é visto por vários autores como o início de um período revolucionário no campo científico, também promoveu os primórdios de uma fase de predominância psicométrica na Psicologia, contribuindo, sobremaneira, para a sua ascensão à categoria de ciência e que também permite, pela primeira vez, a atribuição de notas ao trabalho escolar criando as condições para uma fase científica de avaliação educacional em pleno processo de desenvolvimento e predomínio do sistema capitalista de produção. A Psicometria trata do desenvolvimento e da aplicação de técnicas de mensuração e quantificação dos fenômenos psicológicos com o suporte da Estatística e da Matemática. As medições se fazem mediante a atribuição de valores numéricos aos comportamentos, de maneira que as diferenças de comportamento sejam representadas por variações nesses valores numéricos. A aplicação de testes psicométricos nas ciências da Educação favoreceu o advento de outra fase da avaliação educacional que passa a acatar, em 1890, a classificação dos educandos por uma escala de valores ou notas.
Na prática educativa brasileira, contudo, e mesmo de países desenvolvidos, ainda predomina o monopólio avaliativo do exame ou uma “Pedagogia do exame” que ainda precisa ser superada. A Docimologia, apesar de contribuir para a melhoria e inovações de técnicas estatísticas e para uma demonstração das disfunções subjetivas envolvidas nos procedimentos de elaboração e aplicação de testes educacionais, não foi capaz de propor soluções relacionadas ao processo de construção de conhecimento no educando e no programa de ensino, sendo ainda utilizada como ferramenta de controle coercitivo e exclusão educativa e social, reforçada pela ideologia do regime capitalista. Embora o enfoque