Gestão ambiental

Desde junho de 1997, quando a empreiteira paranaense Triunfo S.A. venceu a licitação para o serviço de desassoreamento do rio Tietê, já foram retirados de suas águas milhões de metros cúbicos de detritos. Só para se ter uma idéia de dimensão, a engenheira Maria Aparecida Tonini Amorim, gerente de obras do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) – e supervisora dos trabalhos de limpeza do fundo do rio –, recorda o cálculo que fez, no primeiro ano de atividades da empreiteira, quando essa massa de resíduos tinha atingido 700 mil metros cúbicos: “Aqueles restos encheriam uma piscina de 500 metros de comprimento por 400 metros de largura, com uma profundidade de quatro metros”. Atualmente, são retirados mais de 70 mil metros cúbicos de areia e lixo por mês ao longo do rio, tanto no seu trecho urbano como rural. No mesmo período, as dragas resgatam mais de mil pneus.

Maria Aparecida afirma que o assoreamento do Tietê agrava seriamente os riscos de inundação por ocasião das freqüentes chuvas. “As águas que descem pelos afluentes do rio transportam até ele produtos provenientes do desgaste da pavimentação de milhares de quilômetros de vias públicas – em virtude do trânsito cada vez mais intenso de veículos –, além de uma gama incontável de sedimentos e produtos indesejáveis lançados pela prática individual ou coletiva”.

Ela explica que o desassoreamento é o processo de remoção de material de sedimentação que fica dentro do curso d’água. Esse material é composto por vários elementos: areia, argila, pedrisco e lixo... lixo de toda espécie. “Tem coisa incríveis, carcaça de carro, geladeira, sofá, colchão, armas de fogo e até cadáveres, tanto de animais como de seres