Geração Nem-Nem

SÍNTESE DO TEXTO SELECIONADO
Referência: COSTA e ULYSSEA. IPEA. Desafios à Trajetória Profissional dos Jovens Brasileiros. Cap. 3: O Fenômeno dos Jovens Nem-Nem

Objetivo geral: O objetivo deste capítulo é contribuir para este debate (Fenomeno nem-nem) e para a nascente literatura sobre o fenômeno dos nem-nem no Brasil, apresentando uma caracterização detalhada desse grupo de jovens, sua evolução nos últimos vinte anos, bem como oferecer algumas evidências preliminares de potenciais determinantes de um jovem ser nem-nem.
Anexos: Todas as tabelas e gráficos citadas no trabalho estão em anexo.
1. Introdução

O desenvolvimento social e econômico de um país depende em grande parte do capital humano de sua população jovem, que é em larga medida determinado pelo acesso à educação formal e pela experiência no mercado de trabalho. Em relatório recente, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) aponta que aproximadamente dois terços da população jovem em países em desenvolvimento encontram-se desempregados, empregados informalmente, inativos ou sem estudar (OIT, 2013). Igualmente, os jovens de países desenvolvidos estão expostos a situações de vulnerabilidade: em países-membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) (OCDE), um em cada seis jovens não possui emprego, não está estudando ou realizando treinamento (OIT, 2013). O Brasil enfrenta desafios semelhantes. Há uma crescente preocupação (entre pesquisadores e formuladores de políticas) com os
Jovens que não estão investindo em sua capacidade produtiva por meio do sistema formal de ensino ou diretamente no mercado de trabalho. Eles são chamados de nem-nem, pois não participam da PEA e também não estudam no ensino formal. Assim, é possível que parte dos jovens considerados como nem-nem na PNAD pudesse estar dedicada ao ensino técnico e treinamento profissional, fora do sistema educacional formal, logo, em princípio é possível que a proporção de jovens tidos como nem- nem