George simmel e a filosofia do dinheiro

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Georg Simmel e a filosofia do dinheiro - Círculos sociais
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Nos tempos feudais, na época pré-moderna como ele preferia dizer, a dilatação dos círculos em que um indivíduo vivia era mínima. Os círculos eram conexos, rijos, hierárquicos, não se ampliando além da choupana, da capela e do castelo. E, se o sujeito fosse um mestre de oficio, sua vida confinava-se aos horizontes da corporação a que pertencia, atingindo no máximo a Hansa, um conjunto de cidades comerciais associadas, da qual a sua fazia parte. Na cidade moderna a configuração era outra. O operário podia estar submetido ao olhar do patrão, mas depois que ultrapassava a porta da fábrica, ao contrário do súdito ou do servo feudal, ele cultivava outros círculos (do sindicato, do clube social ou esportivo, etc.), nos quais ele era livre para poder assumir posições de mando que bem compensavam a subordinação que exigiam dele durante o trabalho.
Possibilidades ilimitadas
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Portanto, a vida moderna oferecia uma possibilidade quase ilimitada para um indivíduo ser muitas coisas ao mesmo tempo (empregado, sócio, síndico, diretor de uma entidade social, etc..), alargando assim as suas possibilidades de liberdade. Segundo Simmel “o número de diferentes círculos no qual o indivíduo se move, é um dos indicadores do desenvolvimento cultural, pois permite que ele ocupe distintas posições na interseção de vários círculos”. O “envolvimento multifacetado numa variedade de círculos contribui sem dúvida para incrementar a autoconsciência, pois conforme o indivíduo se liberta do círculo que o aprisiona, ele adquire uma consciência cada vez maior da sua liberdade” – ampliando assim o seu senso de singularidade e liberdade. Naturalmente que tudo isso cobrava um preço. A principal característica psicológica do ele definia como de Tipo Metropolitano, submetido à intensificação da estimulação nervosa, era um estado de excitação permanente, no qual somente uma sólida estrutura intelectual poderia proteger

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