geografia e suas imigrações

busca por novas oportunidades de emprego e o desejo de melhores condições de vida, é sem dúvida nenhuma o fator impulsionador da migração mais difundido seja no senso comum, na mídia ou no meio acadêmico. Não há quem discorde que esse é um dos aspectos mais decisivos na escolha e migrar. Todavia, devemos ressaltar que existem várias correntes que tentam explicar os fatores econômicos como propiciadores da migração; estas foram elaboradas a partir dos mais diferenciados conceitos.
A abordagem econômica neoclássica foi uma das perspectivas mais difundidas nos anos 70. Harris e Michel Todaro (APUD ASSIS & SASAKI, 2001) foram os principais disseminadores desta teoria. Para eles, a migração internacional de trabalhadores é causada pelas diferenças de taxas salariais entre países, portanto, a decisão de migrar seria fruto de um cálculo do custo e do benefício da experiência migratória. Neste sentido, a migração é entendida, a partir da noção de capital humano e de “ação racional”, como a somatória de indivíduos que se deslocam em virtude da possibilidade de acessão econômica.
Podemos considerar ainda outra abordagem, a dos estudos do funcionamento do mercado de trabalho. Os principais estudos sobre a inserção do imigrante no mercado do trabalho dos Estados Unidos se dividiram em perspectivas teóricas bem distintas. A primeira delas é a dos teóricos da segmentação e a segunda abordagem é a dos teóricos do capital humano.
Para os teóricos da segmentação, o funcionamento do mercado trabalho norte-americano depende de fatores que não foram analisados pela teoria econômica liberal, como, por exemplo, a estratégia das empresas para manter o controle sobre a força de trabalho, a cultura da empresa e a discriminação sócio-demográfica. Os principais defensores da tese da segmentação (PIORE e DOERINGER, 1971 APUD SCULEDER, 1999) estudaram não somente o mercado de trabalho norte-americano, mas também a presença e atuação dos trabalhadores migrantes neste país. Segundo a visão