geografia e filosofia

De acordo com o autor para se conceber a metodologia da pensamento geográfico é preciso discutir o método científico, como instrumento que pretende fazer uma leitura da realidade objetiva e estabelecer verdades cientificas para sua interpretação.
Para os atenienses o método restringia-se à arte de dominar a retórica. Posteriormente vemos a preocupação com o método durante o Renascimento, onde Rene Descartes irá rejeitar as certezas dogmáticas como forma de conhecer o mundo. Para Descartes, o método é um meio de apreender a realidade através de conceitos claros e distintos.
“A partir daí, o empirismo inglês, o idealismo alemão, a dialética hegeliana, o positivismo comteano e o materialismo histórico marxista serviram de bases teóricas e doutrinárias para o desenvolvimento não só do conhecimento científico e filosófico, mas de métodos diferentes e de posturas e interpretação da realidade baseados em fundamentos diferenciados.” (p. 27)
O autor irá considerar no texto os seguintes métodos: hipotético dedutivo, dialético e fenomenológico, por conterem as características de um método científico e estarem relacionados a procedimentos específicos e teorias disseminadas pela comunidade científica.
O método hipotético-dedutivo
O método hipotético-dedutivo é aquele através do qual se constrói uma teoria que formula hipóteses a partir das quais os resultados obtidos podem ser deduzidos e com base nas quais se podem fazer previsões que podem ser confirmadas ou refutadas.
Este método tem suas raízes no pensamento de Descartes que procurou estabelecer um método universal baseado no rigor matemático e na razão, recuperando o conceito de razão, pondo-o ao dogma e contestando o principio de autoridade.
No método hipotético-dedutivo “o objeto prevalece sobre o sujeito, ou seja, o objeto estudado é posicionado a montante, influenciando o pesquisador e os seus conhecimentos, mesmo que a neutralidade científica seja um pressuposto básico. O real é descrito por meio de hipóteses