Genética no TOC
Desde o início das pesquisas sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo acredita-se na influência da genética na doença. O risco é mais elevado especialmente quando o TOC é de início precoce e quando a manifestação (dimensão) predominante é o colecionismo, mas a natureza da alteração genética, os genes envolvidos e o mecanismo de sua transmissão ainda não foram esclarecidos. A maioria dos portadores do transtorno e dos pesquisadores concorda que a doença é familiar e que o componente genético é importante na expressão do transtorno.
Estudo de Gêmeos
Consiste na comparação de pares de gêmeos monozigóticos (MZ- com genes iguais) e dizigóticos (DZ – genes diferentes) nos quais ambos possuem o transtorno. As diferenças entre os monozigóticos, que possuem o mesmo material genético, são fruto de mutações genéticas, alterações no ambiente ou desenvolvimento. Os gêmeos dizigóticos tem a mesma semelhança genética que irmãos nascidos em diferentes gestações, sendo suas disparidades atribuídas a fatores genéticos e ambientais.
Taxa de Concordância
Monozigóticos: 53%-87%
Dizigóticos:22%-47%
Os dados obtidos em pesquisas com gêmeos reforçam a ideia de que o TOC tem, entre outros fatores, origem genética.
Estudos de Famílias
Os estudos mais recentes envolvendo famílias são feitos utilizando critérios diagnósticos padronizados e metodologias mais adequadas. A taxa de frequência da doença entre familiares de um indivíduo afetado pelo TOC é comparada a de indivíduos não afetados. Os dados sugerem que há maior incidência de TOC, Transtorno de Tourette e transtornos motores e vocais entre familiares de indivíduos que possuem TOC.
Estudando 46 crianças portadoras do transtorno, encontrou-se um risco de de 35% de incidência, sendo que 25% dos pais, 9% das mães e 5% dos irmãos apresentavam TOC. Em outra pesquisa, com 21 crianças, constatou-se 35,7% de TOC e TOC subclínico em seus pais.
Estudos de análise de segregação
Nestes estudos, as famílias são analisadas