GENEROS ORAIS DEFINICOES E EXEMPLOS PAR Hellip

GÊNEROS ORAIS: DEFINIÇÕES E
EXEMPLOS PARTE I
Conteudista
Profª. Me. BRUNA LONGO BIASIOLI

Muitos professores de Língua Portuguesa reconhecem a importância do trabalho com a oralidade em sala de aula. No entanto, a grande maioria tem dúvidas sobre como fazer um trabalho que concilie práticas orais e escritas. Em outras palavras: como estabelecer os momentos em que será usada a linguagem oral e quando será usada a linguagem escrita? Até que ponto a oralidade é aceitável? Por que a escrita é privilegiada em relação à oralidade?
Em geral, a ideia que se tem é que oralidade e escrita são desligadas e muito diferentes entre si. Mas tais instâncias, nas mais diversas práticas de linguagem, encontram-se totalmente conectadas e dependem uma da outra para a realização de textos e de discursos.
O objetivo ao longo deste módulo será o de tentar construir um conhecimento básico sobre três pontos:

a) Princípios teórico-metodológicos que devem reger o trabalho com a oralidade na escola, com base nos documentos oficiais da Secretaria de
Educação do Estado de São Paulo e com base nos PCNs;

b) Principais características e funções de alguns gêneros orais importantes de serem trabalhados na escola, mais especificamente, a exposição oral e o debate; c) A importância de se trabalhar com alguns aspectos das variedades linguísticas na escola, mais especificamente, com as variedades regionais e com as variedades sociais.

Os gêneros orais estão presentes em várias atividades de comunicação humana: uma conversa entre amigos, uma defesa de pós-graduação, uma palestra, uma informação dada no trânsito, uma narração de jogo de futebol, enfim, sempre que se tem a fala envolvida, utiliza-se um gênero oral. Para discutir a definição de gêneros orais, vamos antecipar algumas distinções entre fala e escrita.
2

Impossível discutir a questão dos gêneros sem se remeter a Bakhtin (1997), que os separa entre primários (gêneros ligados à oralidade) e secundários
(gêneros ligados à escrita).
Segundo