Gen Tica Tomateiro

CULTURA DO TOMATE
INTRODUÇÃO

O tomate (Solanum lycopersicum L.) é originário da América do Sul, tendo sua origem na zona andina principalmente no Equador, Peru e Bolívia, tendo indícios de que já era cultivado por incas e astecas há cerca de 1300 anos atrás. A grande variabilidade de ambientes destas regiões contribuiu para a existência de grandes diferenças entre as espécies relacionadas ao tomateiro, principalmente no que diz respeito à diversidade morfológica, porém sua base genética é bastante estreita. O tomate foi domesticado no México e introduzido no Europa em 1544 (SHANKARA NAIKA et.al 2006).
A produção global de tomate duplicou nos últimos 20 anos, um dos fatores principais para a expansão da cultura é o crescimento do consumo. Entre 1983­/85 à 2003/05, o consumo mundial per capta cresceu cerca de 36%, passando de 14 kg por pessoa/ano, para 19 kg/pessoa/ano, de acordo com os dados da Organização das Nações Unidas para a agricultura e alimentação (FAO/ONU).
Ao contrário do que as pessoas imaginam, a maior parte das plantas cultivadas atualmente são bem distintas das espécies selvagens que lhes deram origem, pode se dizer que o melhoramento genético praticado pelo homem se iniciou simultaneamente à fase de domesticação das plantas, há cerca de 9.000 anos atrás.
O tomateiro (Solanum Lycopersicum L.) é uma espécie autógama, realizando assim auto-fecundação, é uma espécie diplóide (2n) com 12 pares ou 24 cromossomos. Sendo uma cultura que foi melhorada geneticamente, houve o desenvolvimento de linhagens resistentes a doenças, especialmente por fungos, através do cruzamento de linhagens de tomate com espécies selvagens de Lycopersicum (L. hirsutum, L. peruvianum, L. chilense e L. pimpinellifolium).
O tomate é uma das culturas na qual a biotecnologia vem sendo usada com sucesso, já existem vários trabalhos de mapeamento genético para caracteres de importância agronômica, vários marcadores moleculares para a seleção dos principais genes de resistências e