Gatos no antigo egito
Os gatos eram muito prezados pelos antigos egípcios. A ligação deles com os felinos foi registrada em desenhos, hieróglifos e escrita. Acredita-se que esta conexão tenha iniciado quando os egípcios perceberam que os gatos livraram seus celeiros de pragas como ratos e cobras. Assim, passaram a deixar restos de comida para atrair os felinos para seus estoques de grãos e suas casas. Era um bom negócio tanto para os animais quanto para os humanos; os gatos recebiam comida fácil e se protegiam de predadores maiores, e os egípcios eram protegidos de predadores e pragas. Assim, a domesticação dos gatos se deu de forma natural, e os egípcios admiravam as características do animal: brincalhão, afetuoso e um habilidoso caçador.
Figura 1 Deus da noite (Apophis) sendo assassinado por um gato
Aos gatos, os egípcios davam o nome de “Mit” ou “Miut”, sem fazer distinção entre domésticos e selvagens. A partir do Novo Império, aparecem em pinturas nas tumbas com sua família humana, em caçadas ou junto às donas-de-casa, sentados próximo delas ou abaixo de suas cadeiras (imagem relacionada à fertilidade).
Figura 2 Gato abaixo da cadeira da esposa de Neferrenpet
Gatos estavam inseridos em todas as partes da cultura egípcia, e tamanho era o respeito e admiração por esses animais que muitos objetos eram confeccionados contendo desenhos e esculturas deles. Os egípcios consideravam as gatas boas mães e produziram inúmeras estátuas ilustrando gatas com suas ninhadas.
Figura 3 Gata com sua ninhada
Quando o gato da família falecia, era costume raspar as sobrancelhas em luto. Muitos gatos foram mumificados, com verdadeiros cemitérios felinos. Em 1888 foi encontrada uma tumba em Beni Hassan contendo aproximadamente 80.000 felinos.
Figura 4 Gatos mumificados
Há registro de diversos deuses felinos no Antigo Egito. A primeira deusa felina é Mafdet, protetora de Ra, protegia contra cobras e escorpiões e já era cultuada durante a Primeira Dinastia do