Gandejan

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GRANDJEAN DE MONTIGNY E ZUCCHI – ARQUITETOS DE TRADIÇÃO CLÁSSICA NA AMÉRICA LATINA

Elaine Dias FAAP

Esta comunicação tem por objetivo uma aproximação entre as trajetórias dos dois arquitetos de tradição clássica, o francês Grandjean de Montigny e o italiano Carlo Zucchi, respectivamente em suas estadias no Rio de Janeiro e na região do Prata, no século XIX, analisando alguns de seus projetos realizados nestas regiões e os pontos de convergência entre os dois arquitetos na Academia Imperial de Belas Artes brasileira. Assim como Grandjean, Zucchi também manteve ligações com o universo acadêmico francês. Freqüentou a Académie des Beaux-Arts no período napoleônico e aproximou-se dos arquitetos Charles Percier e Pierre Fontaine, relações estas que possivelmente se estenderam a Grandjean de Montigny em Paris e, posteriormente, no Brasil. Zucchi chega à Região do Prata em 1826, dez anos depois que Grandjean chega ao Rio de Janeiro. Assim como o arquiteto francês, Zucchi estava atraído pela possibilidade de uma experiência liberal, uma promessa de futuro no continente americano, em contraste com a situação política européia no período da Restauração. Em Buenos Aires, tenta organizar uma escola de arquitetura, revelando interesses didáticos semelhantes aos franceses no Rio de Janeiro, experiência que, no Brasil, culmina na Academia Imperial. Em 1841, Zucchi envia ao Rio de Janeiro,

precisamente à AIBA, o projeto do Teatro Nuevo, el Solís, em Montevidéu, para que ele seja analisado e julgado por uma comissão

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chefiada por Félix-Émile Taunay, então diretor da Academia, e da qual fazia parte Grandjean de Montigny. Nesta comunicação, veremos como se deu esta parceria. Além disso, Zucchi também realiza projetos de monumentos públicos para o Rio de Janeiro, em estreita ligação com as propostas do diretor Félix-Émile Taunay, no processo de

“embelezamento” da cidade do Rio de Janeiro após a Coroação de D. Pedro II. Faremos, nesta breve comunicação, uma análise

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