Fundamentos éticos e morais na prática de enfermagem
Este trabalho tem por objetivo refletir e analisar os fundamentos éticos e morais e sua aplicação no exercício da enfermagem: a ética na perspectiva histórica e na prática e em sua concretização no Código de Ética de Enfermagem.
INTRODUÇÃO
Desde a antiguidade – antes de Cristo –, filósofos gregos entendiam que os princípios inspiradores chamavam-se ethos. Esse termo é sinônimo de ética, ou seja, o conjunto ordenado de princípios, valores e motivações últimas das práticas humanas, pessoais e sociais.
Ética também significa o caráter ou o modo de ser de uma pessoa ou de uma comunidade.
Assim, as pessoas que moram nela (nessa casa concreta, isto é, família, tribo, comunidade) têm valores, princípios e motivações inspiradoras para o comportamento. A partir da Idade Média – com a influência do cristianismo –, usava-se a palavra moral (do latim: mos/mores), equivalente a costumes e hábitos, tanto para os costumes quanto para o caráter e os princípios e valores que moldam a conduta, o agir em sociedade ou no grupo social em que o indivíduo se encontra inserido. A ética compreende a experiência da “morada humana”, que não significa um determinado espaço físico, mas sim uma teia de relações interpessoais ou interprofissionais de onde emergem as relações entre os moradores e entre os vizinhos. Tais relações ocorrem segundo critérios de valores, crenças e visões de mundo, que se fundam em princípios ou fundamentos, para que a convivência humana aconteça da forma mais harmoniosa possível – o que não significa ausência de conflitos. Esses estão presentes na convivência humana, que se move por interesses pessoais ou grupais. Há várias concepções éticas e morais de acordo com o contexto cultural. Pode-se falar da ética e da moral capitalistas vigentes em nossos dias. Na perspectiva capitalista, diz-se que bom é o que permite acumular mais com menos investimento e em menor tempo possível, ou seja, concentrar