Fundamentos de Gestão em Educação
Estamos vivendo sob uma estrondosa avalanche de informações sobre os mais diferentes assuntos, com forte ênfase na educação e na importância da escola transformada em panacéia para todos os males da combalida sociedade contemporânea, ciclicamente torpedeada por graves e profundas crises econômicas, sociais, politicas e geopolíticas, bem como por agudas crises morais.
Essa grande quantidade de informações com que somos bombardeados, como, em geral, não vem acompanhadas por uma análise mais acurada e critica de seu conteúdo, acaba reforçando uma visão de senso comum e as opiniões socialmente difundidas sobre a escola. Essa situação é também reforçada por nossa própria formação que, por vezes, em lugar de possibilitar o acesso aos conhecimentos historicamente produzidos e a historia do próprio conhecimento acaba nos levando a seguir a onda novidadeira e que nos remete a um pseudo-permanente elaborar (ou construir) os conhecimentos. Assim também por força de nossa formação por vivemos numa sociedade e partilhamos de sua visão do mundo, somos levados a ter varias opiniões arraigadas sobre a escola, sobre a administrativo escola, sobre o diretor, da mesma forma que temos opiniões sobre a sociedade e outros aspectos do mundo, da vida e do trabalho.
Gostaria de enfatizar duas visões para exemplificar o que estou querendo dizer. A primeira é a visão a-historica que trata a escola que temos como um tipo de organização que sempre existiu mais ou menos dessa forma como a conhecemos hoje, com essa estrutura, essa organização .Essa visão tende a eternizar a escola que, assim, não teria passado, nem futuro, mas apenas presente. Essa perspectiva a-historica, ao transformar as coisas, os homens e as relações numa mera ideia fora do tempo, resulta na decretação do fim da historia, o que é o mesmo que dizer que não importa o passado, nem adianta pensar no futuro, pois o presente é a única referencia e o único horizonte.
A segunda é a perspectiva anacrônica que